Terminal de Campanhã será um "grande parque" natural
O futuro Terminal Intermodal de Campanhã (TIC), no Porto, vai ter dois pisos, um parque de estacionamento para 270 carros e um “grande parque” natural com 22 mil m2, disse hoje o arquitecto responsável pelo projecto.
“O terminal terá um grande parque com uma área semelhante à da Avenida dos Aliados com muitas árvores, arbustos, vegetação, espelhos de água e bancos para as pessoas se sentarem”, explicou o arquitecto Nuno Brandão Costa, à margem da inauguração da exposição “Terminal Intermodal de Campanhã – Projectos Participantes”, na Câmara do Porto.
A mostra, patente no átrio da Câmara do Porto até 6 de Março, entre as 09:00 e 17:00, exibe os 22 projectos que concorreram ao concurso público lançado para a conceção do TIC.
“Pulmão” da cidade
Nuno Brandão Costa explicou que o parque funcionará como um “pulmão” da zona leste da cidade portuense, onde existe um “enorme” lapso de espaço verde, e como um elemento agregador de toda a envolvente urbana.
“Um pulmão verde que acaba por retirar carga poluente, dado que com este terminal a carga mecânica vai ser ainda maior”, disse.
O parque terá um circuito pedonal e ciclável que as pessoas podem percorrer para aceder ao terminal ou apenas para passear e desfrutar da paisagem.
Para Nuno Brandão Costa, o parque concretiza a transição entre o terminal e o tecido urbano convencional, estabilizando a morfologia do terreno.
“O terminal é um espaço aberto, ventilado, transparente e com uma ligação contínua ao exterior”, sustentou, sublinhando que o TIC separa a zona mecânica e viária da zona pedonal.
Nuno Brandão Costa explicou que, além da questão funcional e mecânica, o projecto de concessão do TIC pretendeu resolver uma desordem territorial e uma grande fragmentação urbana existente naquela zona da cidade há anos.
O projeto de Nuno Brandão Costa tem um custo estimado de 6,3 milhões de euros e permitirá uma interligação entre os diferentes meios de transporte.
A empreitada, que deverá ter um prazo de execução de cerca de 18 meses, irá arrancar em 2018.
Lusa/DI