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Serralves mostra como “Construir Lugares”

9 de março de 2018

“Construir Lugares: Manuel Marques de Aguiar, 1927-2015” é o nome da exposição que está patente no Museu de Serralves até 27 de Maio, em homenagem à obra do arquitecto e urbanista.

Manuel Marques de Aguiar, de origem transmontana, tinha como premissa “semear o longo prazo para criar novas vivências”. Com mais de 400 peças expostas, a mostra percorre a obra do arquitecto que queria mudar mentalidades e se notabilizou com vários trabalhos a norte do país, entre eles a projecção do edifício da Escola Francesa do Porto, a construção do eixo da Rua Gonçalo Cristóvão, no Porto, e o planeamento da cidade de Espinho, mas sobretudo pelo seu trabalho na definição do plano geral de urbanismo de Angra do Heroísmo, após o terramoto de 1980.

A exposição sugere a descoberta de seis “lugares” construídos por Manuel Marques de Aguiar, que se desenrola entre o período cronológico de 1947 a 1999, reunindo, sobre cada um deles, testemunhos em vídeo de várias personalidades da sua geração, como Luiz Cunha, Carlos Carvalho Dias e Álvaro Siza Vieira, entre outros. Além das inevitáveis “visitas” a Angra do Heroísmo e à Escola Francesa do Porto, a exposição propõe conhecer o trabalho realizado por Manuel Marques de Aguiar na construção do eixo da Rua Gonçalo Cristóvão, no Porto, e em Espinho, no âmbito o planeamento da cidade, onde emitiu 4000 pareceres, elaborou 80 planos de pormenor e o anteplano de urbanização, durante 36 anos como consultor. Por fim, é feita uma viagem do interior norte de Portugal até às orlas marítimas do Porto e de Leça da Palmeira, cruzando cada uma destas obras com o contexto do país no momento da sua execução.