Prémio FAD 2017 para Museu das Colecções Reais de Madrid
A intervenção no Museu das Colecções Reais de Madrid, dos arquitectos Emilio Tuñón Álvarez e Luís Moreno Mansilla, venceu o Premio FAD de Arquitectura 2017, anunciou esta noite a associação ArquinFAD, que atribui anualmente os galardões.
O Museu das Colecções Reais de Madrid sucede assim ao edifício Arquipélago - Centro de Artes Contemporâneas, na Ribeira Grande, Açores, projectado de João Mendes Ribeiro, Cristina Guedes e Francisco Vieira de Campos, vencedor do Prémio FAD de Arquitectura 2016.
Atribuídos anualmente pelo Fomento das Artes e do Design, para distinção dos melhores e mais inovadores projectos ibéricos de arquitectura, como destaca a organização, a edição deste ano contava com quatro finalistas portugueses, nas diferentes categorias.
Além do Centro de Convívio de Grândola, de Manuel e Francisco Aires Mateus, na principal e mais antiga categoria dos prémios - Arquitectura -, estavam também nomeados o projecto de João Mendes Ribeiro para a loja Claus, no Porto, em Arquitectura de Interiores, e o livro de André Tavares “Uma anatomia do livro de arquitectura”, na área de Pensamento e Crítica.
“A forma da forma”, uma das exposições centrais da Trienal de Arquitectura de Lisboa 2016, projectada por Nuno Brandão Costa, Kersten Geers, David Van Severen, Sharon Johnston e Mark Lee, era finalista na categoria de Intervenções Efémeras.
Em Arquitectura de Interiores venceu a reabilitação do edifício "Pontejos 9", em Madrid, dos arquitectos Victoria Acebo e Ángel Alonso, enquanto na área de Intervenções Efémeras foi distinguida a mostra comemorativa dos 30 anos da reconstrução do Pavilhão Alemão, desenhado por Mies van der Rohe, para a Exposição Universal de Barcelona de 1929.
Na categoria de Pensamento e Crítica o Prémio FAD foi entregue 'ex aequo' a Carlos García Vásquez, pelo livro "Teorías e Historia de la Ciudad Contemporánea", e a Lluís Alexandre Casanovas Blanco, Ignacio González Galán, Carlos Mínguez Carrasco, Alejandra Navarrete Llopis, Marina Otero Verzier, por "After belonging: The objects, spaces, and territories of the ways we stay in transit".
Foi ainda atribuído o Premio FAD de Cidade e Paisagem à reabilitação do Parque de Joan Oliver de Badia del Vallès, em Barcelona, projecto de Claudi Aguiló e Albert Domingo, e o Prémio FAD Internacional foi para Miquel Batlle e Michele Orliac, pelo Jardim Niel, na cidade francesa de Toulouse.
O Fomento das Artes Decorativas - actualmente designado Fomento das Artes e do Design - criou os Prémios FAD de Arquitectura em 1958, para reconhecimento dos melhores e mais inovadores projectos ibéricos de arquitectura contemporânea, como destaca a organização.
Os portugueses já premiados
João Luís Carrilho da Graça, com o Pavilhão do Conhecimento para a Expo'98, em Lisboa, Eduardo Souto de Moura, com o projecto Monte Crasto, no Parque Norte, em Braga, e João Maria Trindade, com a Estação Biológica de Garducho, na Herdade dos Guizos, em Mourão, estão entre os arquitectos portugueses distinguidos com os Prémios FAD de Arquitetura, em anos anteriores.
A reabilitação do Pátio da Inquisição e reconversão do antigo Colégio das Artes, em Coimbra, por João Mendes Ribeiro, e a concepção arquitectónica de Francisco e Manuel Aires Mateus, para a mostra "Weltliteratur!", comissariada por António M. Feijó, para a Fundação Calouste Gulbenkian (2008/2009), contam-se entre outros projectos portugueses distinguidos pelos difererente prémios FAD.
Lusa/DI
