Porfírio Pardal Monteiro, o Arquitecto de Lisboa
A RTP2 retransmitiu hoje um documentário imperdível. Da autoria de Joaquim Vieira, “O Arquitecto de Lisboa” retrata o perfil e a obra de um dos pioneiros do modernismo arquitectónico, Porfírio Pardal Monteiro, que transformou a face de Lisboa nas décadas centrais do século XX.
Quem tiver a «caixinha mágica» que permite ver e rever os programas dos últimos 7 dias da semana, não hesite. Guarde uma hora do seu tempo, pois não a vai dar como perdida. Caso não a tenha, pode ver o documentário na net na RTP-Play AQUI.
Autor de projectos “tão emblemáticos como a Gare Ferroviária do Cais do Sodré, o Instituto Superior Técnico, o Instituto Nacional de Estatística, o Seminário dos Olivais, a Igreja de Nossa Senhora de Fátima, o edifício do Diário de Notícias, as Gares Marítimas de Alcântara e da Rocha do Conde de Óbidos, o Laboratório Nacional de Engenharia Civil, a Cidade Universitária (Reitoria e Faculdades de Direito e de Letras), os Hotéis Tivoli, Mundial e Ritz, ou a Biblioteca Nacional”, Porfírio marcou uma época e, em grande medida, traçou a Lisboa que hoje conhecemos.
Amigo e colaborador do influente engenheiro Duarte Pacheco, com quem partilhava os ideais republicanos, que viria a ser ministro das Obras Públicas e presidente da Câmara Municipal de Lisboa nos primeiros anos do regime do Estado Novo, e, na realidade, o principal teorizador e autor do grande plano de requalificação da capital; Pardal Monteiro não caía nas boas graças do ditador, que por diversas vezes tentou interferir nos seus projectos ou mostrado o seu desagrado. A última estória deste confronto foi o facto de Salazar se ter recusado a visitar aquela que foi a última e grande obra de Pardal Monteiro: o Hotel Ritz em Lisboa.
Na apresentação do documentário pode ler-se no sítio da RTP: “Partindo do manuscrito inédito que escreveu nos últimos anos de vida, um documento fundamental para a compreensão da sua personalidade criativa e opções estéticas, de testemunhos da filha e de especialistas, o documentário de Joaquim Vieira analisa e destaca os aspectos mais marcantes do legado criativo de Pardal Monteiro”.
Rigorosamente a NÃO PERDER!
