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Vhils vai marcar a paisagem do Barreiro

23 de março de 2018

A inauguração da nova alameda da Rua da União, no Barreiro, uma requalificação urbanística da Baía do Tejo, vai contar com uma obra assinada por Alexandre Farto AKA Vhils. 

Esta intervenção de requalificação, que implicou um investimento de 1,5 milhões de euros, provenientes dos resultados da exploração operacional da empresa, estende-se por dois hectares e envolveu reperfilamento da rua, nova via, passeios e arruamentos totalmente remodelados, sendo que 50% desta área, 10.000 m2, é ocupada por zonas verdes.

Em comunicado, a Baía do Tejo revela que o "objectivo deste trabalho de melhoria contínua é sempre tornar os parques empresariais da Baía do Tejo mais funcionais para os seus clientes e mais atractivos para novas empresas que nos mesmos se queiram instalar e, ao mesmo tempo, facilitar a vida das populações e devolver os territórios às comunidades".

Explica ainda que se procura, desta forma, criar novos espaços que permitam vivenciar o território com qualidade, tornar acessível a Casa Museu Alfredo da Silva e instalar novos equipamentos nesta área nobre da cidade, ao mesmo tempo que se concretiza, em definitivo, a abertura do parque ao centro do Barreiro.

"A requalificação ambiental e urbanística, visando melhorar as condições de utilização do território aos clientes deste parque empresarial e à população da cidade do Barreiro, são parte fundamental da missão da Baía do Tejo", adianta Jacinto Pereira, presidente da Baía Tejo.

A obra do artista Vhils no "Sobe e Desce" do Bairro de Sta Bárbara no acesso ao antigo Bairro Operário, é o maior mural que alguma vez fez. A obra estende-se por cerca de 150 metros e visa interpretar e fazer sobressair as vivências do complexo industrial e o adn fabril e empresarial que marca definitivamente este território. Será uma intervenção que vai fazer a ponte entre a modernidade e a herança que há cerca de 100 anos marca presença na  margem esquerda do Tejo.

De acordo com a memória descritiva do projecto artístico, a obra tem por base a técnica original de escultura em baixo-relevo desenvolvida pelo artista em 2007, a qual tem sido materializada numa multiplicidade de locais à volta do mundo sob o corpo de trabalho com o título de Scratching the Surface Project.

"Expressando a ideia de força, união e perseverança, a peça mural apresenta-se, deste modo, como uma narrativa visual que reflecte sobre vários momentos da história do território, celebrando a diversidade cultural do concelho assim como a sua dinâmica manifestada através da contribuição activa da sua população – aqui representada segundo um princípio transversal, inclusivo e igualitário", lê-se na memória descritiva.