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Moçambique: parques nacionais renascem do abandono

27 de setembro de 2017

Segundo relata a imprensa moçambicana, o santuário de vida selvagem no Parque Nacional Zinave, na província moçambicana do sul de Inhambane, está a ser ampliado para abrigar mais espécies e estimular a sua reprodução.

O parque cobre 725.000 hectares, e dentro dele o santuário da vida selvagem estende-se por uma área de seis mil hectares, onde os animais são protegidos através de cercas. Os responsáveis pelo parque afirmam que os planos de expansão actuais, prevêm que o crescimento desse santuário de vida selvagem possa cobrir uma área de 18 mil hectares, o tripo do existente.

 

Animais que chegam de outros parques nacionais

 

O administrador do parque, Antonio Abacar, explicou que a expansão, que está sendo patrocinada pela "Peace Parks Foundation", visa maximizar o uso dos recursos da área, como água e avegetação. Com a extensão, o santuário incluirá uma floresta sagrada e seu próprio lago.

Abacar falava com os jornalistas durante uma cerimónia de recepção para marcar a chegada de um lote de búfalos cedidos pelo Parque Nacional da Gorongosa e pela Reserva Nacional de Marromeu.

Ele admitiu que o parque ainda precisa melhorar alguns aspectos para que ele possa atrair mais turistas, mas afirmou: "a prioridade é ter a vida selvagem e a flora de uma qualidade aceitável e, em seguida, os campos de turistas virão".

O director apontou que o parque já recebeu 340 cobos (antílopes grandes que têm o nome cientifico de Kobus ellipsiprymnus) da Gorongosa e em breve receberá outros sessenta. Acrescentou que uma centena de changos (antílopes de tamanho médio) deve ser fornecida pela Gorongosa, juntamente com 71 búfalos de Marromeu. Além disso, o Parque Nacional Kruger na África do Sul irá fornecer cinquenta elefantes, bem como gnus e zebras.

Abacar lamentou que as estradas de acesso do parque estejam em condições tão precárias, o que dificulta a atracção de turistas. Além disso, leva a que, entre dois e três dias, sejam necessários que os animais deslocados entrem no parque pela estrada.

Um dos temas sempre recorrentes nestas situações é “o contínuo conflito entre animais selvagens e a população local”, com duas pessoas mortas na região este ano, após ataques perpetrados por crocodilos e hipopótamos.

Abacar congratulou-se, contudo, com o facto de o problema da caça furtiva estar quase sob controle, com cerca de trinta armas confiscadas dos caçadores furtivos durante este ano. O parque tem 45 guardas com outros 35 actualmente em treinamento.

Fonte: AIM e diversos