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300 milhões de euros para ciclovias até 2030

14 de setembro de 2018

O Governo pretende investir 300 milhões de euros até 2030 na construção de novas ciclovias, ligando as já existentes, de forma a incentivar o uso de bicicleta em detrimento do automóvel, anunciou hoje o ministro do Ambiente.

A intenção da tutela foi apresentada esta tarde no concelho da Amadora pelo ministro João Matos Fernandes e insere-se no Programa Portugal Ciclável 2030, com um horizonte de execução de 12 anos.

No total, o Governo pretende investir 300 milhões de euros (M€) no financiamento de 110 ciclovias, tendo como ambição que, no final do programa, Portugal passe a dispor de 960 quilómetros de ciclovias.

“A bicicleta é um modo de transporte, não é um brinquedo. Também pode ser um brinquedo, mas nasceu para transportar pessoas e é para isso que ela deve ser utilizada. Devemos aproveitar esta onda de lazer e a consciência de que o espaço público não deve ser só pensado em função do automóvel”, afirmou, no final da sessão, aos jornalistas, o governante.

Interligar a rede já existente

João Matos Fernandes explicou que a tutela pretende aproveitar o esforço que alguns municípios já fizeram na construção de ciclovias e interligá-las.

“Hoje sabemos que em distâncias até 15 quilómetros nós podemos aumentar o uso da bicicleta. Sabendo que só 1% se desloca, em média, de bicicleta de casa para o trabalho ou de casa para a escola esperamos que daqui por 12 anos possamos chegar, pelo menos, aos 7%, que é a média europeia”, apontou.

De acordo com o plano apresentado pelo Governo, que estará em consulta pública até 14 de Outubro, caberá aos municípios elaborarem os projectos de natureza municipal ou intermunicipal e sujeitá-los a financiamento, sendo que o limite máximo de apoio é de 75%.

O programa Ciclável 2030 vai dividir-se em três subprogramas, dizendo o primeiro respeito a ciclovias de interconexão entre aglomerações relevantes (160 milhões para 34 projectos), o segundo entre aglomerações relevantes contíguas (110 M€ para 55 projectos) e o terceiro para aglomerações relevantes isoladas (30 M€ para 21 projectos).

João Matos Fernandes referiu, ainda, que na escolha dos projectos a tutela vai dar prioridade aqueles que aproveitem antigas linhas ferroviárias, sirvam de interface a estações ferroviárias ou rodoviárias e que passem “à porta de geradores de tráfego relevantes”.