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Sustentabilidade

 

2019: O ano da sustentabilidade ecológica e eficiência energética

17 de dezembro de 2018

O ano de 2019 vai ser marcante para a Europa. Empresas e governos vão estar mais pro-activos no próximo ano que no diz respeito a iniciativas ecológicas. Viaturas eléctricas, energias renováveis, pegada de carbono e emissões de CO2 são alguns dos temas que vão merecer mais atenção e registar mais avanços.

Segundo as previsões da Eaton, o próximo ano vai assistir a um aumento do investimento em centrais de energia renováveis e ao crescimento do mercado de veículos eléctricos e infraestruturas de suporte associadas. A Europa estará também mais focada em políticas preventivas e em acções concretas que ajudem a minimizar o impacto do aquecimento global nos vários países.
 
Viaturas eléctricas com mais apoios e infraestruturas.
Com mais modelos no mercado e mais infraestruturas de carregamento disponíveis, o sector das viaturas eléctricas vai ganhar força em 2019. O investimento em tecnologia de carregamento inteligente e no armazenamento da bateria é fundamental para promover este crescimento, e o sector deverá registar algumas boas iniciativas nesta área no próximo ano.
Apesar de esta ser uma boa notícia em termos ambientais, a eletrificação da E-Mobility vai obrigar os operadores de rede, os espaços comerciais e os próprios municípios a algumas mudanças para conseguirem receber e disponibilizar de forma sustentável todas as infraestruturas de suporte a estes veículos. Isto porque, o impacto na distribuição elétrica e na gestão desta infraestrutura será significativo.
O desenvolvimento de uma infraestrutura para suportar milhões de viaturas eléctricas poderá representar uma oportunidade de mercado de 14 mil milhões de euros, só no Reino Unido e na Alemanha, de acordo com um estudo da Aurora Energy Research e da Eaton.
 
Europa mais perto das energias renováveis
Em 2019 os países vão aumentar a utilização e integração das energias renováveis nas suas redes. Um estudo da Bloomberg New Energy Finance (BNEF) mostra que o primeiro ponto de viragem já ocorreu, com a maior parte da Europa a recorrer à energia eólica e solar enquanto opções de menor custo para aproveitar toda uma nova geração de energia. A redução dos custos é, aliás, um dos factores que mais vai alimentar esta tendência. O estudo sublinha ainda a necessidade de uma maior flexibilidade ao nível da gestão dos sistemas de energia, e indica que os veículos eléctricos, a procura, e o armazenamento de energia podem promover essa flexibilidade e, ao mesmo tempo, reduzir os custos do sistema.
 
Aumentam acordos de compra de energia renovável 
Os contratos de longo prazo para aquisição de energia renovável realizados por conhecidas empresas, como a Apple, Google e IKEA, são cada vez mais comuns nos EUA. Em 2019, esta tendência que visa reduzir a designada pegada de carbono vai propagar-se também pela Europa. De uma forma simples, as empresas financiam directamente a construção de centrais de energia renovável, e comprometem-se a comprar energia "limpa".
 
Os projectos eólicos e solares com armazenamento de energia. 
Na Europa assistimos à construção de centrais de energia renovável que competem directamente no mercado grossista de energia. Os custos associados à produção desta energia justificam um modelo de financiamento exclusivamente centrado na concorrência com a produção energética em grande escala. Porquê? Graças à capacidade de armazenamento energético, algumas destas centrais podem fazer uso da energia de que dispõem sempre que as taxas grossistas estão altas para aumentarem o retorno de investimento.
 
Maior proactividade na redução de emissões de CO2
Após a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2015, em Paris, as nações uniram-se em torno de um bem comum. Inúmeros governos comprometeram-se com metas ambiciosas no que diz respeito à redução de CO2. Um estudo recente do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática), que tinha como objectivo alcançar um aumento da temperatura global de apenas 1,5ºC, deu a conhecer a dimensão real dos esforços que teriam que ser feitos para que esta pequena meta fosse atingida. Sublinhou ainda o impacto que o aquecimento global já está a ter no clima e no aumento do nível do mar. Depois de os últimos anos terem sido marcados por condições climáticas extremas em distintos pontos do planeta (calor, frio, furacões, incêndios e secas) a Eaton espera que a COP24 incida sobre acções específicas que têm que ser garantida a curto prazo.