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Sintra aumenta oferta de alojamento turístico no centro histórico

6 de outubro de 2016

A vila de Sintra vai aumentar a oferta de alojamento turístico, através da reabilitação ou construção de cinco unidades locais e hoteleiras, que vão criar 159 quartos, num investimento de cerca de 29,2 milhões de euros, anunciou a autarquia.

“Durante tantos anos esteve tudo parado e, finalmente, os projectos estão a acontecer. São todos projectos muito interessantes. A este nível é quase uma revolução em Sintra como se pode ver pelo valor do investimento e do aumento da oferta deste tipo de serviços”, afirmou Basílio Horta, presidente da Câmara municipal de Sintra.

O presidente da Câmara relembrou ainda:“Quando tomámos posse tínhamos pensado neste desenvolvimento para Sintra e (agora) todos podem ver que está a acontecer” .

Segundo uma nota da câmara, na ligação entre o centro histórico e São Pedro de Penaferrim, está em curso a adaptação para hotel de cinco estrelas da antiga Casa da Gandarinha, unidade com 95 quartos, 500 metros quadrados de salas de conferência e um silo automóvel para 160 viaturas, de acesso público e pago.

O imóvel, que dará lugar ao Hotel Quinta da Gandarinha, encontrava-se em avançado estado de ruína, após décadas ao abandono, na sequência do encerramento, em 1974, da obra católica de protecção a raparigas sem família.

O projecto prevê a recuperação da fachada do século XIX, representando um investimento estimado de cerca de 20 milhões de euros do grupo Turim Hotels, que deve ficar concluído no Verão de 2018 e criar 35 postos de trabalho.

 

Hotel Netto, um projecto com o toque de “charme” de Carlos Saraiva

 

O Hotel Netto, junto ao Palácio Nacional de Sintra, vendido pelo município em hasta pública por um milhão de euros, depois de ter sido adquirido pela câmara em 2014, vai ser reabilitado como hotel de charme, de cinco estrelas (em vez das quatro inicialmente previstas), com 33 quartos, incluindo três suítes, num total de 68 camas.

A antiga unidade hoteleira onde Ferreira de Castro escreveu parte da sua obra foi adquirida pela empresa Restelo Azul, do empresário Carlos Saraiva, que deteve a cadeia hoteleira CS, que entretanto faliu e cujas unidades foram integradas na Nau Hotels & Resort.

A conclusão da obra, com um investimento estimado de quatro milhões de euros, deverá ocorrer no primeiro semestre de 2018 e levar à criação de 20 postos de trabalho.

A Casa da Bela Vista, na Rua Marechal Saldanha, junto à Casa dos Penedos (projecto do arquiteto Raul Lino), encontra-se a ser restaurada como unidade de alojamento local, com nove quartos e café e restaurante.

O projecto, do arquitecto Thiago Braddell, está estimado em cerca de três milhões de euros e, nos trabalhos de acompanhamento arqueológico, foram recolhidos vestígios entretanto entregues aos cuidados e investigação do Museu Arqueológico de São Miguel de Odrinhas.

A futura unidade de alojamento local Sintra Palácio, na Rua Consiglieri Pedroso, resulta da recuperação de dois edifícios antigos, com oferta de lugares de estacionamento e 18 quartos, num investimento de 1,8 milhões de euros.

O projecto, repartido pelos temas da monarquia portuguesa e do vinho, contempla ainda um restaurante do tipo “wine bar” e deve ficar pronto no final de 2016, estando ainda dependente de parecer da Direcção-geral do Património Cultural (DGPC) a eventual adaptação das antigas garagens como espaços comerciais.

Um edifício de habitação na Travessa do Município está a ser reconstruído para a criação de quatro apartamentos para alojamento temporário e um espaço “wine bar”, num investimento de cerca de 400.000 euros e com abertura até Outubro de 2017.

Os cinco projetos totalizam um investimento na ordem dos 29,2 milhões de euros e representam um aumento de 159 quartos na oferta de alojamento turístico no centro histórico, classificado património mundial pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura).

 Segundo o presidente da autarquia, Basílio Horta (PS), os projetos em curso representam “quase uma revolução em Sintra, como se pode ver pelo valor do investimento e do aumento da oferta deste tipo de serviços”.

Lusa/DI