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Será este o Martim Moniz que vamos conhecer no Verão de 2019?

9 de dezembro de 2018

O projecto de requalificação da praça do Martim Moniz em Lisboa continua a suscitar polémica, muito embora a empresa responsável pela exploração do comércio na praça - a Moonbrigade – tenha procurado responder às fortes críticas suscitadas pelo projecto inicial, a quem apontavam falta de zonas verdes, introdução algo agressiva de contentores e o facto do espaço público vir a ser fechado durante a noite.

O presidente da autarquia central da zona histórica de Lisboa, Miguel Coelho, refere que a solução proposta não responde às questões do ruído, da insegurança e àquilo que considera ser «falta de funcionalidade». Segundo o presidente da Junta, “o licenciamento do horário alargado [além das 22h] não respeita o direito ao descanso das famílias e propicia actividades indesejadas”. O autarca refere ainda que a questão do parque infantil previsto no projecto”não passa de uma intenção não contemplada” já que o projecto não calendariza a sua construção.

Junta de Santa Maria Maior aberta à melhoria do projecto apresentado

Na nota enviada aos media, a Junta de Santa Maria Maior alerta ainda que “(…), tendo em consideração as imagens divulgadas, o espaço continua ocupado por contentores, embora com um aspecto diferente do original, e continua a haver uma sobreposição em altura, o que coloca mais um problema de obstáculos verticais ao bairro da Mouraria, já emparedado pelos centros comerciais". Não obstante as críticas, a junta mostra-se disponível para dialogar com a empresa promotora a quem foi adjudicada a exploração do comércio na praça para melhorar a proposta apresentada.

Muito embora o projecto rectificado do atelier Broadway Malyan tenha proposto agora mais zonas verdes, mais mesas e cadeiras, a erradicação da vedação a proposta parece não vir a ser ainda a definitiva. A Praça do Martim Moniz sempre foi o «patinho feio» da baixa da capital, e, como se costuma dizer, “quem nasce torto...

A mais recente proposta da Moonbrigade prevê a criação de 50 espaços comerciais na zona central da praça: florista, cabeleireiro, talho, padaria, restaurantes de comida do mundo que já estavam na praça, uma chapelaria e uma loja de disco, além de uma galeria que terá a seu cargo um espaço para exibições e workshops de arte. Também as associações locais terão espaços próprios.