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Mercado da reabilitação esgotar-se-á num prazo de quatro anos

26 de outubro de 2016

O actual mercado da construção e reabilitação em Portugal começa a dar sinais de cansaço e esgotar-se-á dentro de três ou quatro anos, alerta José de Matos, da APCMC - Associação Portuguesa dos Comerciantes de Materiais de Construção.

"Induzida pelo aumento do turismo e concentrada sobretudo nas zonas históricas de Lisboa e do Porto, a reabilitação urbana – aquela que tem sido nos últimos anos praticamente o único fator dinâmico da construção em Portugal – está já a mostrar-se insuficiente para continuar a aguentar economicamente o sector", revela o responsável. 

José de Matos, que aponta dois trajetos alternativos ao modelo atual, ao qual, também graças ao interesse dos investidores estrangeiros, reconhece ter realizado uma tarefa difícil e onerosa em vários núcleos das duas cidades mais populosas do País, correspondentes a habitantes e proprietários de uma faixa com poucos rendimentos.

"Primeiro, há que reabilitar o resto das cidades e os seus edifícios menos recentes, o que pressuporá mais crédito, maior capacidade financeira das famílias e, eventualmente, alguns incentivos que ajudem a uma transição para prédios de melhor eficiência energética, mais saudáveis e de conforto superior ao atual.

Depois, deveríamos aproveitar a oportunidade potenciada pelo interesse dos investidores estrangeiros» em Lisboa e no Porto para «promover uma regeneração mais abrangente», tornando-as «polos de atratividade económica e de criação de empregos qualificados, com uma nova dinâmica demográfica e constituindo âncoras do crescimento económico", salienta o responsável.

Estes temas serão abordados no 19.º Congresso Nacional da APCMC, a realizar no Auditório do Centro de Informação Urbana de Lisboa, no Picoas Plaza, na próxima sexta-feira.