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Portugal: pontos fortes e fracos para a vida de um expatriado

7 de setembro de 2018

População amigável e uma boa qualidade de vida fazem com que Portugal seja um destino atractivo para os expatriados, mas a vida profissional no país, no entanto, não não é propriamente atractiva....

Situado no top10 dos países mais valorizados pelos profissionais que moram do seu país de nacionalidade, Portugal ocupa o 6º lugar entre os 68 países no estudo da Expat Insider 2018, atrás do Bahrain, Taiwan, Equador, México, Singapura, e seguido pela Costa Rica, Espanha, Colômbia, e República Checa.

Quase todos os expatriados em Portugal (94%) avaliam o clima e o tempo positivamente. Mas apenas 39% dos expatriados que vivem em Portugal estão contentes com sua vida profissional, o que representa 16 pontos percentuais abaixo da média global (55%). 62% dos expatriados portugueses acham provável voltarem a Portugal no futuro (vs 43% globalmente).

Portugal pela 2.ª vez no TOP10

Pela segunda vez consecutiva Portugal situa-se no Top10 do inquérito Expat Insider. Realizado a mais de 18.000 inquiridos que vivem fora do seu país de origem para trabalhar ou estudar, este é um dos mais extensos estudos conduzidos anualmente pela InterNations, a maior comunidade de expatriados do mundo. Além de oferecer uma análise aprofundada da vida no estrangeiro, o inquérito classifica 68 países em diversos factores, tais como qualidade de vida, trabalho e facilidade de adaptação.

Portugal: acolhimento caloroso e elevada qualidade de vida

Depois de Portugal ter sido considerado o país mais acolhedor do mundo em 2017, 87% dos expatriados descrevem a atitude da população local como amigável em relação aos residentes estrangeiros em 2018. São sete pontos percentuais a menos que o ano passado (94%), mas ainda incríveis 21 pontos a mais que a média global (66%).

Segundo classificado entre 68 países na categoria qualidade de vida, Portugal ficou apenas atrás de Taiwan. É um dos factores que mais atrai em Portugal: 28% dos expatriados escolheram o país em procura de qualidade de vida, enquanto apenas 10% dos expatriados em todo o mundo se mudam pela mesma razão. A maioria dos expatriados em Portugal (94%) está contente com o clima e o tempo (vs. 61% de média global), e 88% classifica positivamente as opções de lazer (vs. 75% globalmente).

Segurança pessoal

Em termos de segurança pessoal, outro dos itens avaliados, Portugal classifica-se entre os 10 melhores países: quase todos os expatriados (98%) estão satisfeitos com este factor (a média global é de 82%). A larga maioria dos expatriados em Portugal (98%) também considera o país bastante pacifico (vs. 78% globalmente), e mais de três quartos (77%) dão-lhe a melhor classificação possível (vs. 43% globalmente). Graças a estes resultados, Portugal ocupa o segundo lugar no factor tranquilidade, ultrapassado apenas por Luxemburgo. Talvez seja devido a todas estas razões que mais de nove em dez expatriados em Portugal (91%) se sintam satisfeitos com a sua vida no estrangeiro, em comparação com 75% globalmente.

Fracas perspetivas de carreira profissional

Portugal ocupa o em 48º entre os 68 países para trabalhar no estrangeiro. Melhorou ligeiramente em relação ao ano passado (53ª posição) mas, de modo geral, os expatriados continuam desapontados com este factor. Dois em cinco (37%) dos expatriados estão descontentes com as suas perspectivas de carreira, o que representa doze pontos acima da média global (25%). Portugal está entre os 10 últimos classificados para perspectivas de carreira pela quinta vez consecutiva (62º em 2018). E apenas 53% dos expatriados em Portugal classificam o estado da economia do país como positiva (vs. 64% globalmente) - e apenas 3% consideram a economia muito boa, menos que um oitavo da média global (25%).

Mesmo antes de se mudarem para Portugal, mais de um em cinco expatriados (23%) considerava a economia e/ou o mercado de trabalho uma potencial desvantagem (vs. 10% globalmente). Por isso não é surpresa que apenas 11% se tenham mudado para o país por uma questão laboral, versus 31% de expatriados globalmente.

Expatriados portugueses têm saudades de casa

Uma vez que as perspetivas de carreira em Portugal são avaliadas negativamente, é fácil perceber o porquê de 45% dos expatriados portugueses se mudarem para o estrangeiro por motivos laborais (vs. 31% globalmente): cerca de um em seis (17%) encontrou emprego sozinho (vs. 12% globalmente) ou foi mandado para o estrangeiro pela sua empresa (vs. 10% globalmente). Outros 10% foram recrutados por empresas locais (vs. 7% globalmente), e 2% planeiam começar o seu próprio negócio no estrangeiro, o mesmo que a média global. Os expatriados portugueses estão bastante satisfeitos com as suas perspectivas de carreira (67% vs. 55% globalmente) e a segurança no trabalho (67% vs. 59% globalmente) no seu novo país de residência. "

No entanto, enquanto a sua vida profissional está a prosperar, os expatriados portugueses enfrentam um conflito pessoal. Muitos (44%) acham difícil fazer amigos locais, o que representa oitos pontos percentuais a mais que a média global (36%). Um expatriado português considera que "a dificuldade em fazer amigos e as pessoas frias" são os aspectos mais negativos da sua vida na Bélgica. Curiosamente, os problemas sociais dos expatriados portugueses não parecem existir devido à barreira linguística: mais de um terço deles (35%) fala muito bem a língua local (vs. 27% globalmente). Talvez seja a falta de vida social que leve 62% destes expatriados a acreditar que vão regressar a casa em algum momento (vs. 43% globalmente) - perto de metade (48%) acha muito provável (vs. 31% globalmente).

Sobre a Pesquisa Expat Insider 2018 da InterNations

Para a sua pesquisa anual Expat Insider, a InterNations entrevistou cerca de 18 mil expatriados vivendo em 178 países ou territórios para obter informações sobre vários aspectos da vida de expatriado, bem como sobre seu género, idade e nacionalidade. Os participantes foram convidados a avaliar 48 diferentes aspectos da vida no exterior em uma escala de um a sete. O processo de classificação enfatizou a satisfação pessoal dos entrevistados com esses aspectos e considerou temas emocionais, bem como aspectos mais factuais, com igual peso. As avaliações dos factores individuais dos entrevistados foram então agrupadas em várias combinações para um total de 17 subcategorias e seus valores médios foram utilizados para elaborar seis índices tópicos: Qualidade de Vida, Facilidade de Adaptação, Trabalho no Exterior, Vida Familiar, Finanças Pessoais e Índice de Custo de Vida.

Com 3,2 milhões de membros em 420 cidades ao redor do mundo, a InterNations (http://www.internations.org) é a maior comunidade global e site de informações para pessoas que vivem e trabalham no exterior.