CONSTRUÍMOS
NOTÍCIA
Actualidade

 

Oeiras quer antecipar requalificação da zona costeira Pedrouços-Cruz Quebrada

22 de julho de 2019

Com o intuito de acelerar o processo de requalificação da zona ribeirinha Pedrouços-Cruz Quebrada, anunciada esta manhã e que abrange os munícipios de Lisboa e o de Oeiras, o presidente da Câmara Municipal de Oeiras afirmou que o município "está disponível para antecipar o cenário de concretização que o programa de faseamento prevê" para a requalificação da zona, de modo a que a "primeira e segunda fases possam ser executadas em simultâneo". Isto significa que as obras em Oeiras podem começar já no próximo ano, comprometendo-se para o efeito, a Câmara Municipal a alocar as verbas e os meios necessários que permitam garantir a componente física que suportará as actividades no cenário urbanístico que se estende até à zona da foz do rio Jamor.

Isaltino Morais anunciou também a requalificação das praias de Algés e da Cruz Quebrada, estando a trabalhar para a atribuição da bandeira azul nas praias de Paço de Arcos e de Caxias.

Com três fases de implementação, o projecto Ocean Campus da Administração do Porto de Lisboa (APL) – Ministério do Mar para requalificação da zona ribeirinha entre Pedrouços, Lisboa e Cruz Quebrada, pretende intervir no território de Oeiras apenas na segunda fase (2022 - 2026), na qual está previsto um investimento total de 152 milhões de euros num hotel, num espaço empresarial e para centros de investigação, na Marina do Jamor, na 'Blue Business School', assim como em terrapleno, arranjos exteriores ou acessibilidades.

 

Lançado o concurso público para a concessão de exploração da Marina de Pedrouços

A APL não tem planos para o crescimento da actividade portuária no troço da orla ribeirinha de Algés à foz do Jamor, uma situação que permite ao município "consolidar um eixo de recreio, lazer e turismo, integrando polos de investigação científica e desenvolvimento tecnológico de referência a nível internacional, concretizados em edifícios icónicos, símbolos visíveis da economia do conhecimento, marcos na paisagem da entrada da barra do Tejo", disse o autarca.

De acordo com o Isaltino de Morais, o conceito Ocean Campus "constitui uma base programática a desenvolver, para harmonizar as vontades da Autarquia e da APL – Ministério do Mar, consolidando uma versão comum do futuro, para um território que, do ponto de vista funcional, é indissociável do restante território municipal, integrando-se na estratégia de desenvolvimento subjacente à marca Oeiras Valley".

Apresentado pela Ministra do Mar, o Ocean Campus, ou Campus do Mar, abrange 64 hectares de área de intervenção e visa criar um campus de Investigação, Desenvolvimento e Inovação (ID&I) internacional de actividades ligadas ao mar, bem como "agregar, sob a temática do mar, vários organismos, serviços e instituições públicas, polos universitários, laboratórios de investigação, unidades âncora para desenvolvimento de novos modelos de relacionamento. A ministra Ana Paula Vitorino disse que este projecto pretende posicionar Portugal num "espaço de referência no contexto internacional nos domínios das ciências marítimas e marinhas e à economia azul".

Na cerimónia desta manhã, foi ainda lançado o concurso público para a concessão de exploração da Marina de Pedrouços e inaugurada a 'ciclovia do mar', que liga Lisboa a Oeiras.