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Novo Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota quase pronto

5 de abril de 2019

O Pavilhão Rosa Mota está a ser convertido num moderno pavilhão multiusos, que vai permitir a realização de concertos, congressos, eventos desportivos ou lúdicos. O espaço da arena – que se desenvolve entre os pisos 0, 1, 2 e 3 – vai permitir acolher, em concertos, 9100 pessoas de pé, enquanto nos congressos tem capacidade para 5350 pessoas sentadas. O espaço da arena tem previsto um sistema de bancadas retrácteis, que permite a sua utilização para vários tipos de eventos, incluindo os desportivos.

O projecto de reconversão do Pavilhão Rosa Mota – que a partir de agora passa a designar-se de Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota, está a cargo do gabinete de arquitectos Ferreira de Almeida, liderado por Rosário Rodrigues Almeida e Nélson Almeida. Também Luís Almeida esteve neste projecto desde o primeiro minuto, e continua a acompanhar o seu desenvolvimento.

Obras deverão estar concluídas no final do semestre

De acordo com Rosário Rodrigues Almeida, no piso -1 vai ficar instalado um auditório – que pode ser utilizado tanto para concertos como para congressos –, que permite acolher 500 lugares sentados. Terá ainda um conjunto de mais oito salas, que podem ser utilizadas para eventos e permitem acomodar mais 950 lugares sentados. A juntar a estes espaços, este piso tem também o espaço do foyer, com 600 m2, que vai permitir a instalação de exposições, jantares e outros eventos. “Podemos realizar dois eventos ao mesmo tempo, o que permite que o este novo equipamento, localizado a poucos minutos do centro da cidade, apresente um grande potencial”, destaca Nélson Almeida.

O edifício do Pavilhão Rosa Mota será pintado no exterior de branco – a sua cor original – e as caixilharias foram substituídas de forma a garantir melhores condições de isolamento acústico e térmico”

Rosário Rodrigues Almeida refere que o projecto de reconversão do Pavilhão Rosa Mota – que se prevê esteja concluído no final do primeiro semestre deste ano – apresentou vários desafios. Destaca “as escavações feitas para permitir que o auditório do andar -1 tivesse pé-direito suficiente”. Ao mesmo tempo, “a recuperação completa a nível das caixilharias”, e, especialmente, o desafio apresentado pelas “768 clarabóias, que são um ícone da cidade”, alerta.

Isto porque, como explica, muitos dos espectáculos e eventos precisam de escuridão total e isso obrigou a estudar a melhor solução.“As clarabóias existentes na cobertura serão mantidas; no entanto, aplicámos um sistema que permitirá o blackout total, com a iluminação artificial, quer para o exterior, quer para o interior”, explica a Rosário Rodrigues Almeida.

O edifício do Pavilhão Rosa Mota será pintado no exterior de branco – a sua cor original – e as caixilharias foram substituídas de forma a garantir melhores condições de isolamento acústico e térmico.

Também o aspecto da segurança contra incêndios não foi descurado. “Foi considerado um conjunto de medidas incidindo sobre simultaneamente a arquitectura e a construção do edifício, bem como a instalação de um conjunto de sistemas activos e passivos”, acrescenta Nélson Almeida.

Investimento de 8 milhões de euros

As obras de remodelação, orçadas em cerca de oito milhões de euros, estão a ser desenvolvidas pelo consórcio Porto Cem Porcento Porto, que venceu o concurso público internacional lançado pela Câmara Municipal do Porto (CMP), em 2014, constituído pelas empresas Lucios, PEV Entertainment e Oliveira Santos Consultores - organização de eventos

O pavilhão Rosa Mota foi construído no início dos anos 50 do século XX, após a demolição do edifício original. Acolheu, em 1952 e ainda com a abóbada incompleta, mas já com o nome de Pavilhão dos Desportos, o mundial de hóquei em patins. Mais tarde, em 1991 e em homenagem aos feitos alcançados pela atleta portuense Rosa Mota, passou a chamar-se Pavilhão Rosa Mota. O edifício denota o talento dos seus criadores: o arquitecto José Carlos Loureiro e os engenheiros de estruturas António dos Santos Soares e Jorge Delgado de Oliveira.

Artigo de Elisabete Soares/VE