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Lisboa: reabilitação da estação fluvial Sul e Sueste está em marcha

22 de janeiro de 2019

A estação fluvial Sul e Sueste, que será um terminal de actividades marítimo-turísticas, já está a ser alvo de requalificação e deverá estar em funcionamento até ao final do ano, de acordo com a Câmara de Lisboa.

Segundo uma informação publicada no ‘site’ da autarquia lisboeta, “as obras na estação fluvial Sul e Sueste já começaram e, até ao final deste ano, os barcos deverão regressar ao histórico edifício junto ao Terreiro do Paço, que durante décadas assegurou o acesso ao comboio no Barreiro”.

O município adianta ainda que o “projecto retoma as linhas originais desenhadas em 1929 pelo arquitecto Cottinelli Telmo”.

Recorde-se que, em Setembro de 2016, o Estado cedeu as instalações da antiga estação junto ao Terreiro do Paço à câmara, através de um protocolo de cedência de utilização. Na cerimónia de assinatura do protocolo, o director-geral da Associação Turismo de Lisboa (ATL), responsável pela gestão do equipamento, anunciou que a antiga estação fluvial, classificada como Monumento de Interesse Público, iria ser alvo de reabilitação, num investimento de sete milhões de euros.

Vítor Costa explicou na altura que a intervenção necessária abrangerá o edifício da estação e também o espaço público envolvente, até ao Torreão Nascente do Terreiro do Paço, por forma a "criar boas condições operacionais e financeiras para as actividades que aproveitam o rio para recreio".

Na zona exterior, "mantêm-se os pontões para as embarcações de maior porte" e será também construído um "novo pontão mais pequeno, para barcos de recreio, barcos tradicionais e à vela", precisou o responsável.

Segundo o diretor-geral da ATL, o projecto para a zona exterior contempla esplanadas, a manutenção da circulação automóvel, um aumento do espaço verde "dentro do possível", a "valorização dos espaços públicos" e ainda a retirada do "aterro que foi feito quando se construiu o metro", o que vai permitir "a reconstrução do muro das namoradeiras".

Já no interior, "serão recolocados os painéis de azulejos que estão guardados", serão retirados os acrescentos que servem de contenção ao edifício e "serão repostos os elementos do projecto inicial", do arquitecto Cottineli Telmo, dos anos 30 (do século passado).

Projecto de reabilitação é de Ana Cottinelli Telmo Monteiro da Costa, neta do autor do projecto inicial

Em Março do ano passado, a Câmara Municipal de Lisboa aprovou o projecto de arquitectura para a estação fluvial Sul e Sueste, que será um terminal de actividades marítimo-turísticas.

Cerca de um mês antes, questionado sobre a razão do atraso nas obras, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina (PS), explicou que que o atraso se prendia “com questões técnicas que estão a ser analisadas com o Laboratório Nacional de Engenharia Civil, por forma a não por em risco a estrutura do Metropolitano”.

O projecto de arquitectura de reabilitação é da autoria de Ana Costa (Ana Cottinelli Telmo Monteiro da Costa), neta do autor do projecto inicial.

Ana Costa licenciou-se em Arquitectura pelo Departamento de Arquitectura da Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, em 1983 e obteeve o grau de “Master of Architecture” pelo College of Environmental Design da University of California, Berkeley em 1985.

Durante seis anos viveu nos EUA (Califónia), tendo em 1989 regressado a Portugal onde criou o seu próprio atelier. A partir de 2005, assume a liderança do Atelier Daciano da Costa, dando continuidade a “um modo de fazer” que herdou do seu pai, Daciano da Costa.

Lusa/DI