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Lisboa: antigo convento vai ter uso turístico e habitacional

22 de maio de 2017

A Câmara de Lisboa vai debater a aprovação de um pedido de licenciamento que visa reconverter o antigo Convento de Santa Joana, freguesia de Santo António, que acolheu durante muitos anos a antiga Polícia de Viação e Trânsito, num edifício com apartamentos turísticos e de habitação e com área comercial.

A proposta que estará em apreciação na reunião privada de quinta-feira refere que o pedido “diz respeito à viabilidade de alterações no antigo convento de Santa Joana de Lisboa, juntamente com outros edifícios confinantes na Rua de Santa Marta”, formando três parcelas, uma das quais destinada a apartamentos turísticos de quatro estrelas (que ocupará 6.458,00 metros quadrados da superfície de pavimento).

O documento assinado pelo vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, acrescenta que outra utilização prevista é a habitacional (12.050,00 metros quadrados), com a criação de 63 fogos.

Já o corpo central da antiga igreja será destinado a uma área comercial (747,30 metros quadrados).

Ao todo, a área bruta de construção passará de 10.443,00 metros quadrados para 25.739,00 metros quadrados, o que corresponde a uma superfície de pavimento de 19.255,30 metros quadrados.

Segundo o promotor, a entrada principal do projeto dos apartamentos turísticos “será feita a partir da Rua Camilo Castelo Branco”. “O edifício irá apresentar uma oferta enquadrada no mercado de luxo, permitindo aos seus utilizadores que beneficiem da acessibilidade e requinte procurados, localizando-se junto dos principais business centers da cidade, Marquês de Pombal e Avenida da Liberdade. Esta unidade irá disponibilizar cerca de 160 quartos, estando o hotel e a ala residencial interligados por um esplêndido Jardim Interior” – afirma a Am48.

 

Promotora Am48 tornou-se proprietária exclusiva do empreendimento

Em Outubro de 2014, a Estamo - Participações Imobiliárias anunciou a venda do antigo Convento de Santa Joana por 11,2 milhões de euros, mais 2,5 milhões do que o preço base.

A venda deste edifício do século XVIII, situado perto da praça do Marquês de Pombal, foi adjudicada à Am48 Capital juntamente com a Hoti Hotéis SGPS e a Lúcio de Azevedo & Filhos.

Na altura, já se previam usos como o turismo, habitação, comércio e serviços, no âmbito de um pedido de informação prévia aprovado pelo executivo municipal em 2012.

O pedido de licenciamento agora em apreciação foi submetido à autarquia pela Am48 Capital, na qualidade de nova proprietária, em Agosto de 2016.

Face à proposta inicial, registam-se alterações como o aumento da área bruta de construção em 6.995,00 metros quadrados, a redução da área de implantação em 744,50 metros quadrados, a ampliação da área de logradouro em 121,50 metros quadrados e a diminuição da área permeável em 187,50 metros quadrados.

Também se verifica um incremento de número de lugares de estacionamento, que passam de 78 para 190.

Tanto os serviços camarários como o Turismo de Portugal emitiram pareceres favoráveis, enquanto a Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) deu aprovação condicionada à realização de escavações arqueológicas.

O imóvel é abrangido pelo Plano de Urbanização da Avenida da Liberdade e Zona Envolvente e pela Zona Especial de Protecção Conjunta dos Imóveis Classificados da Avenida da Liberdade.

O convento pertencia à Ordem de São Domingos e foi fechado a 15 de Março de 1890.

Recorde-se que a Am48 está a promover em Lisboa alguns empreendimentos de referência, casos do Ópera Lx, o EdifícioFocus Lx e o The Boulevard, nos Restauradores.

Lusa/DI