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Lisboa: Estrela-Campo de Ourique com maior valorização

6 de julho de 2017

A zona da Baixa-Chiado-Avenida da Liberdade (Áreas Históricas) continua a ser a mais cara de Lisboa para apartamentos integrados em projectos de reabilitação urbana, mas foi no eixo Estrela-Campo de Ourique que se observou a valorização mais expressiva dos preços médios de oferta entre 2016 e 2017, revela a Prime Yield no estudo “Reabilitação para Uso Residencial em Lisboa|2017”.

As principais conclusões deste estudo foram hoje apresentadas em Londres por Nelson Rêgo, CEO da Prime Yield, durante a conferência “Real Estate Disrupted”, organizada pela DLA Piper.

 

6.367 €/m2 nas Áreas Históricas

 

Nas Áreas Históricas, o valor médio de oferta deste tipo de produto situa-se actualmente nos 6.367 €/m2, apresentando uma subida de 8,7% face a 2016. Já na zona Estrela-Campo de Ourique a valorização foi de 12,3%, com o preço médio de oferta a situar-se em 2017 nos 4.958 €/m2.

Na zona das Avenidas Novas, os preços médios dos apartamentos reabilitados em oferta subiram cerca de 6,6% entre 2016 e 2017, situando-se nos 5.514 €/m2; enquanto que no eixo Arroios-São Vicente-Penha de França, a subida foi de 4,7% (4.721 €/m2).

 

Casos especiais com subidas ‘meteóricas”…

 

“Apesar de observarmos valorizações em termos médios na ordem dos 5% a 12%, existem produtos nas diversas zonas que apresentam subidas dos preços de oferta bastante mais expressivas de entre 15% a 25%. São os casos dos apartamentos T0 nas zonas Históricas, com uma subida anual de 20%; dos T2 na zona da Estrela-Campo de Ourique (25%) e dos T2 na zona das Avenidas Novas (15%)”, comenta Nelson Rêgo, CEO da Prime Yield.

 

Há já apartamentos a 12.000 €/m2…!

 

As zonas Históricas mantêm-se como o principal destino de investimento para este tipo de produto, concentrando em 2017 cerca de 70% da oferta em comercialização na cidade, com as restantes três zonas analisadas a apresentarem, cada uma, pesos em torno dos 10%. Os preços médios de oferta neste eixo estão 35% a 16% acima das outras zonas da cidade e é esta a zona que apresenta também os apartamentos reabilitados com os preços máximos observados no mercado. Apesar da média da zona se situar nos 6.400 € /m2, existem alguns apartamentos nas Áreas Históricas onde os valores podem atingir o dobro, situando-se em patamares que rondam os 10.000 €/m2 a 12.000 €/m2.

 

Maioria dos projectos destinam-se ao segmentos médio-alto e alto

 

Em termos de caracterização da oferta, o estudo da Prime Yield revela que são as tipologias T1 e T2 as mais comuns nos projectos de reabilitação urbana para uso residencial, concentrando, nas quatro zonas, mais de metade da oferta em comercialização. A maioria dos projectos dirige-se aos segmentos médio-alto e alto, refere ainda o estudo, que incide sobre uma amostra de 1.465 apartamentos integrados em projectos de reabilitação actualmente em fase de comercialização e distribuídos por quatro zonas da cidade. A maioria desta oferta encontra-se já em fase de construção e estima-se que cerca de 65% do stock esteja já comercializado.

 

Cada vez mais “aquisição na fase de projecto”…

 

“O segmento alto deve manter-se como o principal foco de investimento de reabilitação para habitação em Lisboa, incentivado por uma procura que se mantém forte quer para a primeira quer para segunda residência, como também para a obtenção de rendimento, colocando o imóvel posteriormente em regime de arrendamento de curta duração. Os estrangeiros, principalmente chineses, franceses e brasileiros, continuam a ser uma franja muito activa desta procura, mas também os portugueses têm vindo a ganhar expressão, num mercado em que a aquisição está a fazer-se cada vez mais durante a fase de projecto”, comenta Nelson Rêgo.

 

Outras zonas em valorização…

 

“Além das zonas históricas centrais, mais consolidadas, com preços mais elevados e onde as oportunidades para promoção de projectos irão, inevitavelmente, começar a reduzir-se; estão a emergir novas localizações para o desenvolvimento deste tipo de produto. Toda a frente ribeirinha, desde a zona ocidental até ao Parque das Nações, é uma das áreas de potencial expansão deste mercado, além de áreas como a Ajuda, Alcântara, Mouraria, a Colina de Santana e a Almirante Reis”, termina o CEO da Prime Yield.