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Lisboa: Câmara intenta direito de preferência sobre imóvel a leilão

29 de março de 2017

A Câmara de Lisboa admitiu hoje exercer direito de preferência sobre um dos 13 imóveis do centro que vão ser leiloados pelo Governo na sexta-feira, propriedade do Ministério da Saúde, alegando que faz parte da “história da cidade”.

“Estamos a falar com o Ministério das Finanças sobre esse imóvel e, caso não seja encontrada uma solução, a Câmara irá exercer direito de preferência” para aquisição do espaço, disse o presidente da autarquia, Fernando Medina (PS), que falava na reunião pública do executivo.

Em causa está um imóvel localizado no número 11 da Rua da Palmeira, ao Príncipe Real, que está afeto à Associação Desenvolvimento Comunitário Freguesia das Mercês (ADECO), que ali tem um jardim-de-infância.

De acordo com Fernando Medina, este é um espaço “com história na cidade”, razão pela qual considerou “inaceitável que esse imóvel seja colocado no mercado [imobiliário]”.

“Já manifestámos vontade de que o imóvel mantenha o uso que tem”, reforçou o autarca.

O referido prédio tem uma área de implantação de 152,00 m2, num terreno com área total de 488,50 m2 e com a área bruta de construção de 920,00 m2; tem 4 pavimentos, r/c, 1º, 2º andares e sótão e uma dependência.

 

Valor das alienações aplicado na substituição de equipamentos médicos

A Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) vai promover na sexta-feira um leilão de 13 prédios no centro de Lisboa, detidos pelo Centro Hospitalar de Lisboa Central, com um valor base de licitação de 7,6 milhões de euros.

Segundo a DGTF, o valor arrecadado com estas alienações será aplicado na substituição dos equipamentos médicos.

Os 13 imóveis que vão ser levados a leilão pela DGTF foram construídos na primeira metade do século XX e localizam-se nas freguesias da Misericórdia, São Vicente e Santa Maria Maior, na zona histórica de Lisboa.

A maior parte deles tem uma área bruta de 1.612 metros quadrados, sendo que o mais pequeno tem 99 metros quadrados e corresponde a um terreno com escombros.

Sobre os valores de licitação deste lote de 13 imóveis, o mais elevado é de 2,1 milhões de euros e o mais baixo é de 115 mil euros.

Dos 13 prédios, são três os edifícios que apresentam valores base de licitação superiores a um milhão de euros. Dos restantes, apenas um está acima do patamar dos 500 mil euros.

Lusa/DI