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Investidores estrangeiros representam 87% do volume transaccionado

14 de outubro de 2019

A participação dos investidores nacionais tem sido maior e neste momento situam-se nos 13%, no entanto a participação dos investidores estrangeiros continua a ser determinante no mercado imobiliário português, uma vez que representam 87% do volume transaccionado.

Esta é uma das conclusões da consultora B.Prime, no estudo Prime Watch semestral que desenvolveu e que apresentou na Expo Real, uma das maiores feiras de imobiliário e investimento da Europa que se realiza anualmente em Munique, na Alemanha.

O estudo da B. Prime aponta para uma compressão das yields no segmento das lojas de rua (4%) e logística (6.25%) e para a sua estabilização nos imóveis destinados a escritórios e centros comerciais. Esta flutuação levou a que muitos investidores procurassem diversificar o risco das suas carteiras, estando mais receptivos a projectos alternativos e localizações secundárias, de modo a melhorar as taxas de rentabilidade. Esta tendência está na base do crescimento de muitos projectos de coworking, coliving, residências de estudantes e residências sénior que têm proliferado no mercado nacional, principalmente nas principais cidades, como Lisboa ou Porto. Estas iniciativas têm captado o interesse de alguns investidores institucionais, que têm feito crescer este sector.

Os norte americanos têm sido a nacionalidade mais activa, fruto da aquisição do portefólio dos hotéis Tivoli, negócio que ascendeu a 313 milhões de euros, na maior operação hoteleira da história, em Portugal.

O estudo da B. Prime antecipa que o mercado de investimento português, em 2019, não deverá registar o volume transaccionado em 2018, mas ainda assim deverá alcançar um valor de cerca de 2 mil milhões de euros.

Para Jorge Bota, Managing Partner da B. Prime, “o mercado imobiliário tem sido uma excelente aposta por parte dos investidores que procuram alternativas às taxas de juro negativas que vão manter-se, pelo menos a curto prazo. Praticamente todos os activos portugueses de rendimento em zonas prime mudaram de proprietários nestes últimos anos, o que mostra a atractividade do nosso mercado, que em 2018 registou o maior volume transaccionado de sempre, desde que há registos. Neste momento o ciclo está a atingir um grau de maturidade, que nos leva a crer que o volume de investimento vai estabilizar”.