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Nova capital do Egipto vai ter o maior arranha-céus de África

6 de setembro de 2018

Num projecto que deverá superar os 43 mil milhões de euros, a nova capital do Egipto vai ganhando forma. O estaleiro é digno das obras faraónicas da sua milenar história. Nele trabalham diariamente cerca de 20.000 operários e técnicos.

A nova cidade, está a ser construída em pleno deserto, a cerca de 50 km do Cairo - a actual capital egípcia - que as autoridades declaram dificilmente modernizável, tal a escassez de infraestruturas para uma população que cresce continuamente e que, em 2016, já ultrapassava os 23 milhões de habitantes.

A gestão da histórica capital coloca problemas de toda a ordem, o maior dos quais não é certamente o caótico volume de tráfego que, a certas horas do dia, transforma o centro da cidade num indescritível engarrafamento monumental.

A nova capital administrativa, que se estenderá por uma área de 700 km2 (cerca de sete vezes a área de Lisboa) e para a qual ainda não foi dado nome, deverá ganhar vida a partir de Junho de 2019. Terá 21 bairros residenciais e 25 quarteirões administrativos, um parque público com cerca de 628 hectares (o equivalente a 25 Parques Eduardo VII), lagos artificiais, um parque de diversões quatro vezes maior que a Disneylândia, 90 km2 de parques solares e um novo aeroporto internacional. Está previsto que a partir de 2020 e 2021, a Presidência da República, os vários departamentos do Governo e as embaixadas transitem já para a nova cidade que, por essa altura, deverá ter já uma população de 5 milhões de habitantes.

Torre Nilo: o maior arranha-céus de África

A moderna cidade, onde tudo é novo a estrear, terá também já concluído aquele que será o maior arranha-céus do continente africano.

A Torre Nilo, assim se designará, é promovida por promotores chineses, e o seu investimento ascenderá a 2,6 mil milhões de euros. O edifício de 120 mil metros quadrados de construção e uma altura de 345 metros acima do solo, terá mais 122 metros que o Carlton Center, na África do Sul, até agora o mais alto arranha-céus de África. A torre foi desenhada pela Zaha Adid Architects, o atelier fundado pela famosa arquitecta iraniana-britânica falecida prematuramente em 2016.