Londres: Brexit não abala confiança no mercado de escritórios
O mercado de escritórios em Londres manteve os bons níveis de absorção (‘take-up’), quando havia a ameaça e incerteza quanto às consequências negativas com o impacto do Brexit em Junho. A informação é dada no Estudo sobre o mercado de escritórios de Londres do BNP Paribas Real Estate e divulgados pela Worx, first provider da empresa em Portugal.
Os números de ‘take up’ em Julho revelaram-se bastante positivos ao alcançar um total aproximado de 82.500 m², colocando Julho como o terceiro melhor mês deste sector em 2016. O valor registado em Julho revela-se apenas 11% abaixo da média mensal de 92.900 m². O take up anual encontra-se neste momento nos 557.000 m².
Menor número de transações...
O sector que mais se destacou pela área ocupada foi o sector da banca e finanças, representando 25% da área total ocupada. Quatro operações envolveram nesse período uma área superior a 4645 m², com destaque para a o maior de todos, a “Wells Fargo’s” a ocupar cerca de 21.000 m².
Os maiores negócios em termos de área ocupada acabam por disfarçar o número reduzido de transacções, revelando-se Julho como o mês do ano com menor número de transacções realizadas, o que também é um indicador, mas em sentido menos positivo.
A ‘vacancy rate’ (disponibilidade) revelou uma ligeira quebra de 5,26% face aos 5,43% de Junho e abaixo da média a longo prazo de 7,03%. A probabilidade de haver um excesso de oferta a curto prazo é mínima uma vez que os submercados encontram-se com níveis muito baixos de oferta quando comparados com a tendência a longo prazo.
Estes indicadores revelam o que foi adiantado no mês do Brexit, que “o impacto, muito provavelmente, não seria verificado a curto prazo”... O que se verifica neste sector é que continua com bons números de ‘take up’ e a evidenciar uma ‘vacancy rate’ baixa, dados ainda mais revelantes se se atender que o Verão é o período mais calmo do sector.
