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Hotel e espaços comerciais no CCB vão avançar este ano

5 de janeiro de 2017

Elísio Summavielle, presidente do Centro Cultural de Belém, anunciou que a construção de um hotel de cinco estrelas e espaços comerciais vão avançar este ano.

Numa entrevista divulgada hoje no jornal Público e na Rádio Renascença, Summavielle, que assumiu o cargo de presidente da instituição há quase um ano, prometeu fazer tudo "para que sejam construídos os módulos 04 e 05 do Centro Cultural de Belém (CCB), a ocupar por um hotel, e outras áreas comerciais". Segundo o responsável, o concurso vai ser lançado este ano e a obra deverá arrancar em 2018.

Na entrevista o presidente do CCB revela ainda que as contas finais do CCB de 2016 são bastante melhores do que as de 2015, salientando que, "neste momento, a instituição não tem passivo".

Elísio Summavielle salientou que a "conjuntura está francamente favorável à construção de hotel de prestígio, de cinco estrelas, com cerca de 160 quartos. Existem vários estudos prévios. Isso será depois afinado com o ‘atelier’ do autor do projeto, Gregotti-Salgado - Vittorino Gregotti e Manuel Salgado, que fizeram o CCB".

O responsável adiantou que está já a negociar com a câmara de Lisboa e a envolver a Associação de Turismo de Lisboa neste processo. Muito em breve terá reuniões com as Finanças no sentido de saber qual é a fórmula adequada para o concurso, mas tudo me leva a crer que o investidor investirá na construção. Será, portanto, um contrato de concessão, construção e exploração.

O presidente do CCB referiu que ainda não há "interessados directamente", mas adiantou que "já houve pelo menos um ou dois privados que sondaram".

No que diz respeito à expropriação dos terrenos, Summavielle disse que está totalmente resolvida. Quanto ao plano para o eixo Belém-Ajuda, o responsável, que nunca concordou com a estratégia, afirmou que vai aproveitar algumas coisas do projecto.

O abandono do anterior projecto para o eixo Belém-Ajuda, centrado no CCB, levou à demissão do ex-presidente da instituição António Lamas, e à sua substituição pelo antigo diretor-geral do Património Cultural e ex-secretário de Estado da Cultura Elísio Summavielle, durante a gestão de João Soares como ministro da Cultura.

Em causa, na discordância entre o Governo e a direcção de Lamas no CCB, estava o "não envolvimento no projecto da Câmara Municipal de Lisboa", apontada pelo executivo como "um parceiro privilegiado em qualquer modelo de gestão", como se lia no comunicado do Conselho de Ministros, que extinguiu a missão.

Lusa/DI