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“Freeze Viseu”: 11.500 fotografias do edificado histórico

19 de abril de 2017

Perto de 500 edifícios da cidade de Viseu foram observados por mais de 180 profissionais durante um dia, permitindo "um retrato ímpar do centro histórico", com a recolha de mais de 10 mil informações parcelares e 11.500 fotografias.

A iniciativa, intitulada "Freeze Viseu", inédita à escala nacional, decorreu em Novembro do ano passado e abarcou 486 edifícios do centro histórico de Viseu, envolvendo mais de 180 profissionais, professores e estudantes das áreas da engenharia, da arquitectura e do património, vindos de todo o país.

O levantamento feito nesse dia está a ser reunido num documento de 120 páginas, que pretende traçar o retrato do património do centro histórico da cidade de Viseu, com o levantamento do estado de conservação do edificado do centro urbano antigo.

A iniciativa insere-se no projecto 'Viseu Património', coordenado por Raimundo Mendes da Silva, que ao longo do primeiro ano de investigação tem dedicado especial atenção à descoberta do centro histórico de Viseu para todas as gerações.

Entre as medidas previstas para a primeira fase deste projecto estão ainda a definição e adopção de boas práticas de reabilitação sustentável, a criação de um serviço de apoio aos moradores, proprietários e investidores, e o acompanhamento de proximidade a projectos de reabilitação que possam constituir referenciais exemplares e pedagógicos, no âmbito do qual se destaca actualmente o edifício do antigo Orfeão de Viseu.

 

Drones também estiveram em acção…

Durante a sessão de balanço deste primeiro ano de trabalhos, que decorreu ao final da tarde de hoje, Raimundo Mendes da Silva sublinhou que este é "um projecto de redescoberta da cidade no sentido de valorização e não de cristalização do património".

Para o presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, o balanço da iniciativa "Freeze Viseu" é muito positivo, tendo servido para "se conhecer muito melhor o património", destacando ainda a utilização de drones para analisar as coberturas de edifícios de 32 quarteirões e 20 ruas, que irão permitir perceber o que precisa de ser requalificado e qual a melhor forma de o fazer.

"A recuperação dos edifícios tem de ser feita com os pés bem assentes na terra e respeitando o que têm. Só assim se preservam as histórias que os edifícios têm para contar", referiu.

Para o autarca de Viseu, este primeiro ano do projecto "Viseu Património" é apenas uma pequena parte de um longo percurso que ainda há por fazer.

A ocasião serviu ainda para anunciar os vencedores do concurso fotográfico "Freeze Viseu", resultantes de uma selecção e avaliação das imagens submetidas por um vasto conjunto de participantes do evento.

Entre as cinco vencedoras estão as fotografias de Joana Barros, Patrícia Raposo, Nélia Pereira, Giovanni Azeredo Tomás e ainda uma foto do Grupo 33.

O projecto "Viseu Património" foi lançado em Fevereiro de 2016, com o horizonte de desenvolvimento até 2024, tendo em vista o conhecimento, a protecção e a valorização do património cultural, material e imaterial, da cidade de Viseu e da sua história profundamente ligada à ideia de nacionalidade.

Lusa/DI