nZEBoffice+: Primeiro escritório sustentável chegou a Portugal
O nZEBoffice+ é o novo escritório da empresa Homegrid e também sede da Associação Passivhaus Portugal, localizado em Ílhavo, Aveiro, é o o primeiro escritório e a primeira reabilitação Passive House em Portugal.
Este espaço foi reabilitado segundo os princípios da construção eco-eficiente e sustentável que corresponde a elevados padrões de conforto, qualidade do ar e eficiência energética.
O projecto nZEBoffice+ e os resultados do seu desempenho serão apresentados publicamente na Roca Lisboa Gallery, no dia 28 de Fevereiro, quinta-feira, pelas 18 horas.
Segundo a Homegrid o nZEBoffice+ pretende ser, acima de tudo, um protótipo demonstrador que é possível implementar a construção sustentável em Portugal, permitindo poupanças de energia entre os 75% e 90%, um balanço de energia positivo com recurso a pouca potência instalada de geração de electricidade e também ganhos na saúde e produtividade dos ocupantes.
Diferentes estudos têm mostrado a relação entre ambientes interiores saudáveis e um aumento da produtividade. Um estudo recente da Universidade de Harvard revela que o desempenho dos ocupantes em ambientes optimizados aumentou para o dobro em comparação com um escritório convencional.
Sendo a construção Passive House ainda uma realidade pouco conhecida em Portugal, os resultados do desempenho deste projecto estão disponíveis numa plataforma online de acesso livre onde é possível qualquer pessoa verificar em tempo real o desempenho do nZEBoffice+. É possível saber, a qualquer altura, qual o consumo global de energia, a produção de energia a partir dos painéis fotovoltaicos, quanto se consome gasta para aquecer e arrefecer o escritório, temperatura e humidade interior e exterior, bem como níveis de dióxido de carbono interior.
João Marcelino, da Homegrid e presidente da direcção da Associação Passivhaus Portugal, revela que este projecto pretende mostrar que é possível e viável a transição para um parque edificado eficiente, confortável e saudável, referindo que “é preciso informar os técnicos e o público em geral que os edifícios são responsáveis directa e indirectamente por uma grande parte dos problemas de saúde dos portugueses e que a Passive House oferece uma resposta eficaz, custo-eficiente e com provas dadas”.
O responsável adianta ainda que “a realidade do parque edificado em Portugal revela que não temos casas preparadas para o frio, que a qualidade do ar no interior dos edifícios em Portugal é preocupante, que a exposição ao ruído é muito elevada e que há uma elevada exposição a bolores nas casas portuguesas”.