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Mercado de escritórios europeu volta a bater recorde

27 de novembro de 2017

Nos últimos nove meses de 2017, o Mercado de Escritórios Europeu somou um volume total de ocupação de 6,93 milhões m2, o que significa um crescimento de 9%, comparativamente com o mesmo período do ano transacto.

Segundo o último relatório da consultora Worx, num contexto de crescimento contínuo ao longo dos últimos anos, o ano de 2017 teve o período dos primeiros nove meses do ano mais ativos desde o ano 2008.

Os quatro principais mercados alemães registaram performances particularmente positivas. No total registaram um volume de ocupação de 2,2 milhões m2, o que representa um aumento de 14% e individualmente: Frankfurt (+27%); Hamburgo (+13%); Munique (+11%) e Berlim (+9%).

Tanto Frankfurt quanto Hamburgo observaram os melhores resultados dos últimos 15 anos, enquanto Berlim e Munique excederam a sua média de 10 anos em 63% e 17%, respetivamente.

Depois de testemunhar uma queda no início do ano, na sequência do voto Brexit, o mercado de Londres esteve em recuperação no período entre o 2º e 3º trimestre de 2017. No geral, o volume de ocupação de escritórios aumentou 12% comparativamente ao ano passado, muito suportado pela ocupação de espaços superiores a 10 000 m².

Conduzido pela ocupação de espaços de escritórios com áreas superiores a 20 000 m², Paris também alcançou um ligeiro aumento (+ 6%). A maioria dos mercados europeus seguiram essa tendência crescente, especialmente Milão  (+ 30%), Amsterdão (+ 29%) e Dublin (+ 21%). A taxa média de vacancy rate dos 14 principais mercados europeus baixou novamente no último trimestre, e atingiu os 7,5%, contraindo 60 pontos base em comparação com o 3º trimestre de 2016.

Já historicamente baixa, a disponibilidade nos mercados alemães desceu novamente 2,4% em Berlim, 3,6% em Munique e 5,3% em Hamburgo. O dinamismo do mercado resultou numa taxa mais baixa de vacancy rate em Paris (6,7%) com a zona CBD de Paris a atingir um valor de vacancy arte record de 2,9% e um volume de oferta nova extremamente escasso. A queda mais significativa foi observada em Bucareste com 8,8% de vacancy rate, uma desaceleração de 410 pontos base, seguido de Amsterdão (11,2%, -200 bps), Dublin (8,5%, -130 bps), Madrid (10,8%, -120 bps) e Lisboa (9,1%, -120 pb).

Os dois únicos mercados que registaram uma taxa de vacancy rate superior à registada no ano 2016 foram Milão (12,7%, +50 bps) e Londres (6,3%, +90 bps). No entanto, estes dois mercados parecem estar atualmente a reverter esta tendência, uma vez que ambos verificaram uma diminuição no seu valor de vacancy rate durante o último trimestre.

Os valores de renda prime aumentaram em toda a Europa ao longo dos últimos 12 meses. Embora os valores de arrendamento tenham permanecido estáveis na cidade de Paris e diminuído na cidade de Londres, as rendas prime aumentaram em média 3%, com Berlim (+ 11%, € 372 / m² /ano) e Bruxelas (+ 13%, € 310 / m² / ano) a registarem as subidas mais significativas.

Lisboa acompanha tendência positiva

O Mercado de Escritórios de Lisboa acompanha a tendência de evolução positiva dos congéneres europeus, com os primeiros nove meses do ano a contabilizarem um volume total de absorção de 113 471 m² o que representa um aumento de 16% comparativamente ao período homólogo de 2016.

A taxa de vacancy rate mantém-se sobre pressão de descida, perante uma procura muito ativa e um nível de pipeline de oferta nova muito modesto e preenchido na sua totalidade por operações de pré-arrendamento.

Não obstante, ao ritmo observado é expectável que o Mercado de Escritórios de Lisboa feche o ano com nota positiva e superior ao resultado verificado no ano 2016, de 143 798 m².