Investimento em 2016 foi impulsionado pelos escritórios
O volume total de investimento imobiliário em 2016 atingiu os 1.300 milhões de euros, com o segmento de escritórios a registar um montante total de 600 milhões de euros. Superando a fasquia de anos interiores, o segmento de escritórios revelou-se como o segmento mais activo ao longo do ano 2016, representando 44% do total de investimento imobiliário no mercado português. A maior operação do ano corresponde à venda do Office Park Expo, por 223 milhões de euros.
Segundo comunicado da consultora Worx, os investidores estrangeiros voltam a ser os principais players de mercado com uma quota de mercado na ordem dos 86%. Já os investidores nacionais contabilizaram 14% do volume total de transacções em 2016, com os fundos a reafirmarem positivamente a sua posição no nosso mercado e a ultrapassarem os 100 milhões de euros de investimento, com uma forte aposta no segmento de escritórios.
No segmento de retalho a maior operação do mercado foi realizada pela CBRE Global Investment Partners, com aquisição do AlgarveShopping e do Estação Viana Shopping.
A terminar o ano, as prime yields fixaram-se em 5,25% para o mercado de escritórios, 5,25% para os centros comerciais, 5% no caso do comércio de rua e 7% para o segmento de indústria/logística.
Apesar do montante global de investimento em 2016 ter registado um decréscimo de actividade na ordem dos 30% face a 2015, este resultado não reflete uma tendência negativa, uma vez que alguns dos investimentos previstos para 2016 sofreram atrasos e deverão ser concluídos no início de 2017. Neste sentido, o fecho do ano 2016 deixa antever um começo de 2017 com bastante dinamismo.
A par da manutenção das taxas de juro historicamente baixas até à data, a área da reabilitação urbana continuará a oferecer em 2017 boas oportunidades de investimento com rentabilidades muito interessantes e a atrair vários perfis de investidores.
Pedro Rutkowski, CEO da consultora imobiliária Worx, conclui que "em 2017, o imobiliário continuará a afirmar-se como uma excelente área para investimento pelas mais-valias que o setor, na conjuntura actual económica, oferece a quem quer investir. Os investimentos em reabilitação urbana e turismo serão drivers de mercado, ao passo que no mercado de escritórios a escassez de oferta actual no mercado pede um reanimar urgente da promoção imobiliária pura".
