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Europa: rendas tiveram maior aumento do último quinquénio

9 de setembro de 2016

As rendas dos escritórios prime na Europa aumentaram 1,5% no 2º trimestre de 2016 face ao trimestre anterior. Além de acelerar face aos 0,7% de variação trimestral observados no 1º trimestre do ano, esta é também a subida mais forte dos últimos cinco anos, superando as regiões da América e da Ásia-Pacífico.

Em Lisboa, a renda prime de referência manteve-se inalterada em termos trimestrais, evidencia o research global da JLL, confirmando os dados revelados no mais recente do Market Pulse divulgado pela consultora. Neste documento, que analisa o mercado português durante o 2º trimestre de 2016, a consultora evidencia a estabilização trimestral da renda prime de escritórios em Lisboa nos 18,5 euros/m2/mês, destacando, contudo, que em termos homólogos a tendência é já de subida (+1,4%). Além disso, refere ainda a JLL Portugal, apesar da estabilização no valor de referência (registado no Prime CBD), outras zonas do mercado de Lisboa têm exibido crescimentos nas rendas, com especial destaque para o Parque das Nações e Corredor Oeste, com aumentos trimestrais de, respectivamente, 3,6%, e 9,1%.

 

Estocolmo bate todos os recordes

 

Estocolmo foi o mercado europeu a registar o crescimento mais expressivo, com as rendas a aumentarem 9,4% em termos trimestrais, seguido de Berlim (+6,3%).

Berlim (+6,3%) também exibiu um crescimento expressivo nas rendas no 2º trimestre, liderando entre as cidades alemãs monitorizadas, onde a procura continua a estar bem acima da média de longo-prazo. Em Paris (+3,4%), uma oferta nova limitada e uma absorção mais robusta impulsionaram as rendas prime pelo quarto trimestre consecutivo. Na Europa do Sul, Milão (+2,0%) continuou o bom momento de recuperação, enquanto Barcelona (+3,7%) e Madrid (0,9%) mantiveram um percurso sólido.

O relatório global da JLL mostra ainda que, na sequência do referendo relativo à saída do Reino Unido da União Europeia, as rendas de referência em Londres se mantêm inalteradas, até agora, quando comparadas com o 1º trimestre do ano. Além disso, diz o research, os períodos de carência de rendas neste mercado podem ser atenuados à medida que os ocupantes procuram negociar termos mais flexíveis nos contratos de arrendamento. O voto a favor do Brexit teve, até agora, poucos efeitos no crescimento das rendas fora do Reino Unido, sublinha ainda a JLL.

Considerando o segundo semestre do ano, antecipa-se um crescimento sustentado das rendas nos mercados de escritórios prime na Europa, com variações entre 2,5% e 3% na Europa Ocidental a poderem superar a média a 10 anos durante os próximos cinco anos. Estocolmo e Madrid deverão ser os mercados com melhor performance da região em 2016.