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Covilhã: Empreendimento turístico em ruínas mineiras

9 de setembro de 2017

Ruínas de uma antiga exploração mineira, na freguesia de Cortes do Meio, concelho da Covilhã, vão dar lugar a um empreendimento turístico de luxo, num investimento de 8,5 milhões de euros, foi ontem anunciado.

"Trata-se de um empreendimento turístico de luxo concebido para atrair clientes com elevado poder económico e que apresentará uma oferta diferenciadora em que o turista possa usufruir de um conjunto de experiência diferentes e únicas e que só aquele sítio é que permitiria tê-las", referiu Pedro Castro, empresário de Braga, proprietário da quinta e que pretende dinamizar este projecto.

Conhecido como "Estrelódromo", denominação que partilha com a empresa que foi entretanto criada para desenvolver a nova unidade turística, o projecto está a ser delineado desde 2015 e abrangerá cerca de 100 hectares de terreno, parte dos quais integrados em zona do Parque Natural da Serra da Estrela.

Segundo o promotor, o empreendimento será desenvolvido em duas fases, sendo que a primeira implica um investimento de 5,2 milhões de euros e compreende a construção de oito espaços distintos, com capacidade para 48 pessoas e que serão construídos com base nas antigas edificações.

"As unidades são concebidas a partir das ruínas existentes, mas integrando elementos escultóricos e de modernidade que permitem uma coabitação entre o existente e o novo e entre os espaços interior e exterior", referiu Paulo Lobato, um dos arquitectos responsáveis pelo projecto.

Com inúmeros pontos de conforto que visam dar resposta à exigência do público-alvo, as edificações destacam-se por integrarem vidros espelhados que, no exterior, refletem a natureza no próprio edifício e que permitem entradas de luz, além de criarem simultaneamente, a sensações de que há prolongamento da zona interior para a paisagem circundante.

Centrado numa ligação entre o turismo de luxo e o turismo de natureza, o empreendimento contará com ginásio, jacuzzi, zonas de spa, bem como piscinas interiores em diferentes unidades de alojamento e as quais podem ser abertas para criar piscinas exteriores.

Comodidades, a que se junta um heliporto, que terá a dupla função de servir os potenciais clientes e de, em caso de necessidade, se afirmar como um ponto de apoio para meios usados no combate a incêndios.

Da oferta farão ainda parte, a promoção de actividades complementares, como a visitação ambiental e mineira, a promoção de percursos pedestres ou a observação de astros, bem como o balonismo cativo e o parapente.

O investimento deverá permitir a criação de 22 de postos de trabalho directos, 14 dos quais logo na primeira fase.

De acordo com o referido, o projecto conta já com as licenças e autorizações para que possa avançar, sendo que o início da obra está previsto para meados do próximo ano, altura em que o investidor espera ter aprovada a candidatura que vai realizar aos fundos comunitários.

Presente na cerimónia, o presidente da Câmara Municipal da Covilhã, Vítor Pereira, mostrou-se muito satisfeito, frisando que a autarquia "acarinhou" este projecto desde o primeiro momento e mostrando-se convicto de que o empreendimento poderá contribuir para potenciar o turismo de toda a região e, em particular, deste concelho do distrito de Castelo Branco.