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Construção: falta de recursos humanos especializados preocupa

25 de maio de 2018

Na altura em que comemora o seu 60º aniversário, o Grupo Casais alerta para a escassez de de recursos humanos especializados, num país, como Portugal “em que o sector da Construção mais impacto tem no Produto Interno Bruto”. Para o grupo, esta escassez de mão-de-obra especializada na Construção limita o crescimento de produtividade do sector.

A denúncia e alerta foi reiterada durante a realização do seminário "Os desafios do crescimento económico: o aumento da produtividade e da capacidade instalada na fileira da Construção" que assinalou o aniversário do Grupo.

Na ocasião, António Carlos Rodrigues, presidente da Casais Engenharia e Construção, afirmou: "A crise profunda e prolongada que o sector atravessou destruiu valor. De cada vez que uma empresa encerrou, 'arrastando' consigo uma série de outras subcontratadas, criou a ideia de um sector em extinção, que se tornou pouco atractivo aos jovens que buscavam formação superior. Com a economia e a construção em crescimento, a capacidade instalada da indústria está muito aquém do que é necessário". Para aquele responsável, o crescimento sustentado da indústria e da própria economia só se faz com um aumento da produtividade, sendo para tal preciso investir na inovação e na adopção de processos construtivos mais eficientes, isto a par de mais recursos: "É necessária a entrada de imigrantes no nosso país para a construção, para a indústria e até mesmo para o sector do turismo", defende.

O grupo emprega globalmente 3.500 colaboradores em vários mercados, pelo que procura fazer uma gestão da mobilidade dos mesmos com vista a responder aos desafios que vai enfrentado nos países em que opera. No ano passado, a actividade em Portugal cresceu 33% face a 2016, mas continua a representar menos de metade do que representava no período pré-crise.

Em 2017, o Grupo Casais teve um volume de negócios agregado de 355 Milhões de Euros (M€), tendo-se verificado um ligeiro desacelaramento das economias de países até há poucos anos emergentes, como Angola e Moçambique. Os mercados ocidentais – incluindo o nacional – são os que vão reconquistar uma posição de relevo. A dinâmica de presença quer em países desenvolvidos quer em países emergentes é estratégica. Em Portugal, o Grupo facturou no ano passado 140 M€, mais 35M€ que em 2016.

2018 afigura-se como ano de crescimento, onde o grupo espera atingir os 410M€, com um crescimento de cerca de 15% face a 2017. A presença em 16 países permite a distribuição de risco e equilíbrio para fazer face aos ciclos económicos que tradicionalmente marcam a construção. Em Portugal, a Casais está focalizada em obras especializadas onde a competência é um requisito essencial.