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Cluster aeronáutico cresce no Alentejo

22 de setembro de 2017

O Governo desafectou hoje do domínio militar um imóvel necessário para a empresa Aeroneo construir uma unidade de manutenção e desmantelamento de aviões no aeroporto de Beja, num investimento previsto de 35 milhões de euros.

O despacho dos secretários de Estado do Tesouro e da Defesa Nacional, que desafecta o imóvel do domínio público militar e o integra no domínio privado do Estado e autoriza o posterior arrendamento à Aeroneo, foi publicado hoje em Diário da República.

Através do despacho, o Governo disponibiliza para "rentabilização" o imóvel, que tem uma área de 113.621 metros quadrados e é composto por hangares e áreas anexas à Base Aérea n.º 11 de Beja.

O Governo autoriza o arrendamento do imóvel à Aeroneo através de ajuste direto, mediante o pagamento de uma renda mensal de 40.170 euros, actualizável anualmente, e por um prazo de 15 anos, sujeito a uma única renovação por igual período caso a Força Aérea Portuguesa não necessite dele.

Segundo o despacho, o arrendamento do imóvel destina-se "exclusivamente" ao desenvolvimento pela Aeroneo da "actividade de desmantelamento de aeronaves e gestão de peças e componentes provenientes dessa actividade".

Segundo a autarquia de Beja, a instalação da unidade, "representa um importante passo para o desenvolvimento da região e o início do que poderá ser um ´cluster` aeronáutico, promotor de emprego e impulsionador de novas dinâmicas de crescimento económico", a exemplo do que vem acontecendo em Évora.

De acordo com o despacho, a construção do aeroporto de Beja e a utilização de infraestruturas da Base Aérea n.º 11 por aeronaves civis "permitiu optimizar o aproveitamento de uma infraestrutura militar já existente".

"Contudo, uma vez que se mantêm os desafios ao desenvolvimento sustentável" do aeroporto, "subsiste ainda margem para aprofundar a cooperação do Ministério da Defesa Nacional nessa optimização".

Em 2015, a AeroNeo anunciou que pretende construir uma unidade de manutenção e desmantelamento de aviões e valorização de activos aeronáuticos no aeroporto de Beja, que poderá criar até cerca de 100 postos de trabalho.

Em Julho de 2015, a empresa ANA - Aeroportos de Portugal, a concessionária do aeroporto, e a Aeroneo assinaram uma licença de ocupação para construção e exploração da unidade na infraestrutura aeronáutica alentejana.

Lusa/DI