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Casas de porteira: “para que vos quero?”

24 de junho de 2018

Cerca de 70% das casas de porteira dos condomínios em Lisboa e no Porto foram já vendidas ou arrendadas para habitação, a informação é hoje veiculada pela Loja do Condomínio, que administra 6.800 condomínios em Portugal com 170.000 proprietários.

“Essa dinâmica deriva mais do Grande Porto e Lisboa, que é onde tradicionalmente temos as casas de porteira, portanto no resto do país praticamente isso não é relevante”, afirma o director executivo da LDC, Paulo Antunes, advogando que “como há muito tempo já não é quase possível recrutar porteiras, isso tem vindo a levar que as casas vão para outros destinos, principalmente para conseguirem alguma receita para fazer face a outras despesas”.

De acordo com o responsável da LDC, a dinâmica de venda de casas de porteira tem-se verificado “ao longo dos últimos anos, da última década”, tendo em conta a não-utilização das mesmas.

As casas de porteira concentram-se nas zonas mais antigas das cidades de Lisboa e do Porto, diz o representante da LDC, referindo que “foi uma moda de uma determinada época que hoje em dia já nem sequer se verifica”.

“Claramente que já não existe essa utilidade […], tem havido uma migração desse tipo de serviços, da tradicional porteira, para empresas externas que se contratam”, reforçou Paulo Antunes, avançando que “muitos dos condomínios mais recentes nem sequer já têm casa de porteira”.

Lusa/DI