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Câmara de Lisboa aprova hotel para o palácio Almada Carvalhais

14 de abril de 2019

A Câmara de Lisboa aprovou ontem com os votos contra do PCP e do BE o projecto de arquitectura de reabilitação do Palácio Almada Carvalhais, que é Monumento Nacional, para ser um hotel de cinco estrelas.

O vereador do BE, com quem o PS tem um acordo para o governo da cidade, critica sobretudo que a Câmara tenha abdicado de aplicar compensações devidas por aquela intervenção urbanística, enquanto o PCP condena a concentração de oferta hoteleira no centro da capital.

O Palácio Almada Carvalhais, no Largo Conde Barão, pertenceu aos provedores da Casa da Índia, tendo sido mandado construir no século XVI por Rui Fernandes de Almada, banqueiro e feitor da Flandres.

Sofreu sucessivas fases de construção e decoração até ao século XVIII, resultando numa arquitectura renascentista e barroca.

O projeto aprovado "prevê na generalidade a manutenção da volumetria existente do edifício original do palácio", que terá "cobertura em terraço com áreas de piscina, apoio e bar", de acordo com a proposta aprovada.

O projecto de alteração, ampliação e reabilitação do edifício para ser uma "unidade hoteleira de cinco estrelas com a capacidade de 64 unidades de alojamento" foi apresentado ao município pelo proprietário, o Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Sete Colinas, através de um pedido de licenciamento, em Janeiro de 2018. O projecto de arquitectura, ao que o DI conseguiu saber, é da autoria do arquitecto Eduardo Souto de Moura.

A Câmara consultou a Direcção-Geral de Património Cultural, que deu "parecer favorável condicionado, reiterando a necessidade de acompanhamento por aquela entidade dos trabalhos previstos de reforço estrutural do átrio seiscentista, nomeadamente quanto ao nível de desmonte das estruturas existentes e do arco de entrada, assim como aos resultados da conclusão dos trabalhos de arqueologia em curso".