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2018 vai ser o ano em que se vão bater todos os recordes

5 de setembro de 2018

Já todas as consultoras confirmaram e agora é a vez da Colliers International afirmar que ultrapassar máximos antigos é a nova regra do mercado imobiliário.

O primeiro semestre de 2018 prolongou a tendência de crescimento acelerado, verificado em 2017. "Ultrapassar máximos anteriores transformou-se de excepção em regra, no mercado imobiliário nacional", refere a consultora. No mais recente estudo publicado, a Colliers International estima que o investimento em imobiliário português tenha fechado, no primeiro semestre, acima dos 1,5 mil milhões de euros, sendo fácil antecipar que 2018 fechará bem acima dos dois mil milhões de euros.

Em comunicado, refere que o mercado de escritórios das duas principais cidades portuguesas é bastante representativo desse bom momento: rendas prime próximas de máximos históricos, absorção a bater recordes, anualmente, e yields prime a baixarem de mínimos, já históricos. Os promotores parecem ter identificado o potencial deste segmento, registando-se um aumento da oferta, embora ténue em Lisboa, já bastante marcante no Porto. "O surgimento de quase 80.000 m² de novos escritórios no Porto, deverá marcar decisivamente o futuro próximo dos serviços desta zona" refere Vasco Carvalho, consultor da Colliers International.
O relatório indica que em Lisboa, o peso da oferta nova ainda não iguala o Porto, mas este é um cenário que se poderá alterar em breve. "Os efeitos desse crescimento da oferta não deverão ser temidos pelos players locais" refere Gustavo Castro, Research da Colliers International. "A procura potencial aparenta ser capaz de absorver, sem grande dificuldade, esse acréscimo de área de serviços nas duas cidades, permitindo requalificar a oferta existente e atrair, com maior facilidade, investidores internacionais" continua Gustavo Castro.
"No Porto, os novos empreendimentos na zona da Boavista contribuirão, igualmente, para a resolução do problema da falta de espaços acima dos 2.000 m², que é difícil de ultrapassar, no curto prazo" acrescenta Vasco Carvalho.
Perante este cenário de optimismo generalizado, apenas os ventos que chegam da Europa indiciam alguma contenção. Contudo, com uma economia em crescimento, com desemprego baixo e com um mercado em que os retornos são ainda superiores aos dos mercados Europeus mais maduros e em que os preços, embora em máximos históricos, permanecem competitivos no panorama Europeu, não se perspectiva uma mudança brusca neste cenário de crescimento, que, certamente, não se inflectirá no segundo semestre de 2018.